"(...) Já na fase preparatória das privatizações, o Governo do agora presidente da República (que promulgou o Estatuto e demais instrumentos de coacção) alterou a Lei de Imprensa, tornando meramente consultivo o até então parecer vinculativo dos Conselhos de Redacção, de modo a entregar redacções castradas ao Poder Económico (...)"
in Manifesto dos 119
quarta-feira, 18 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
Até sempre camarada
Olho para o teu nome no telemóvel e não sou capaz de o apagar.
Soube da tua partida por email. Da lista também constavas... A mesma lista que nos mobilizava para lutas comuns, apesar de teres um combate mais premente para travar. Que a puta da doença venceu. Mas a nossa luta, essa, continua. E a tua imagem serena estará lá, connosco. Como se ainda estivesses sentado naquele café do Chiado, conversando, rindo, dando o teu contributo, sempre marcado pela tranquilidade e pela pertinência*.
Até sempre, camarada.
*"O João foi um dos homens sérios que conheci (...)" escreveu Henrique Monteiro, actual director do Expresso;
" Adeus João, e que a referência da tua integridade perdure e ajude todos os jornalistas que te conheceram a escolherem bem no momento das escolhas difíceis" foi a despedida do amigo José Manuel Fernandes, director do Público.
Porém, como bem recordam os blogs Meditação na Pastelaria e Jornal do Fundinho (que não conhecia), ambos os que se despedem agora tão sentidamente, e muitos dos que te elogiaram agora que partiste têm a faca e o queijo na mão e tu estavas desempregado desde 2003. Dispensado, se bem recordo, pelo então administrador do grupo que detinha A Capital, teu "camarada", e cunhado que te disse não poder continuar a pagar-te o balúrdio que ganhavas, qualquer coisa como 1500 euros...
(posta 'actualizada' a 13 de Março)
Soube da tua partida por email. Da lista também constavas... A mesma lista que nos mobilizava para lutas comuns, apesar de teres um combate mais premente para travar. Que a puta da doença venceu. Mas a nossa luta, essa, continua. E a tua imagem serena estará lá, connosco. Como se ainda estivesses sentado naquele café do Chiado, conversando, rindo, dando o teu contributo, sempre marcado pela tranquilidade e pela pertinência*.
Até sempre, camarada.
*"O João foi um dos homens sérios que conheci (...)" escreveu Henrique Monteiro, actual director do Expresso;
" Adeus João, e que a referência da tua integridade perdure e ajude todos os jornalistas que te conheceram a escolherem bem no momento das escolhas difíceis" foi a despedida do amigo José Manuel Fernandes, director do Público.
Porém, como bem recordam os blogs Meditação na Pastelaria e Jornal do Fundinho (que não conhecia), ambos os que se despedem agora tão sentidamente, e muitos dos que te elogiaram agora que partiste têm a faca e o queijo na mão e tu estavas desempregado desde 2003. Dispensado, se bem recordo, pelo então administrador do grupo que detinha A Capital, teu "camarada", e cunhado que te disse não poder continuar a pagar-te o balúrdio que ganhavas, qualquer coisa como 1500 euros...
(posta 'actualizada' a 13 de Março)
quarta-feira, 4 de março de 2009
Acordai, avestruzes
Hoje é 4 de Março. Por isso, o melhor é ficarem todos no vosso posto de trabalho, martelando os teclados no mais completo silêncio, praticando o vosso jornalismozeco de cu sentado. Os 119 perderam o emprego e há mais umas centenas a terem de pedinchar para que lhes comprem umas reles peças comercializadas ao quilo, mas deixem-se estar. Afinal não é nada convosco. No país das omeletes sem ovos só falta um bocadinho assim para se começarem a fazer jornais sem jornalistas.
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