Um assalto aparatoso, capuzes, armas. O jornalista corre para o local recolhe depoimentos do assaltado, das testemunhas, das pedras do chão, liga à polícia, quer uma reacção, um qualquer discurso directo oficial que abrilhante a coisa com os pozinhos mágicos da aldrabice, faz um texto extenso, à espera de um espaço digno para a peça... e não há espaço. Mete-se uma breve.
Um assalto aparatoso, capuzes, armas. O jornalista, desta vez, não vai na cantiga. Dá uma telefonadela para aqui, outra para o outro lado, faz um texto com o que tem e... está mal feito, que peça é esta, devias ter ido ao local, queremos discurso directo para fazer uma abertura de secção. Que porcaria de jornalista, dizem os editores, para que se ouça e corra toda a redacção até ao gabinete dos crânios.
Os critérios de importância são os da vontade do momento, que novidade. Os factos, esses, nem têm relevância nenhuma para o caso. Se a notícia merece mil caracteres ou três mil. Para o editor, em ambas as situações o jornalista é que não soube perceber a magnitude da ocorrência. No primeiro caso, por excesso. No segundo, por defeito.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Nada disso, Manel, tu tens é de estar SEMPRE pronto a esc rever 10 mil caracteres sobre seja o que for, mesmo q só tenhas uma fonte mal amanhada. E sendo q as probabilidades de teres esse espaço são (habitualmente) inversamente proporcionais àquilo que a tua própria percepção te indica...
But, then, again, para alguma coisa são eles editores e tu um reles tarefeiro, certo?
Vou começar a fazer pim pam pum, uma bola mata um... :D. Mas se tu visses o chinfrim por quererem mais e não terem...
Tira! tira! Tira!
(as letrinhas, pá!)
(Qto à posta,vocês já sabem o que penso, ñ é?)
Calamity, meti uma cunha por ti ao blog e letras out. Mas não foi opção minha colocá-las, está predefenido nos blogs modern.
Há q facilitar a vida à malta...
Enviar um comentário